BÊNÇÃO DA BANDEIRA (1578)
No dia 14 de Junho, teve lugar a cerimónia da bênção do estandarte que iria acompanhar a expedição a Marrocos.
O autor anónimo da crónica do xarife Mulei Maahamet e d'el-rei D. Sebastião descreve com detalhe a bandeira: "Era um estandarte de duas pontas de damasco carmesim, guarneciso de prata, com um crucifixo bordado de uma parte e do outro o escudo das armas reais de Portugal"; Pedro Roiz Spares acrescenta uma ínsignia colocada sobre o escudo das quinas, uma "coroa cerrada de imperador".
É interessante notar a semelhança desta bandeira com o estandarte que D. Juán de Áustria fez hastear na galé capitania durante a batalha de Lepanto, as armas espanholas de um lado, e a imagem de Cristo crucificado do outro.
Fontes primárias
Anónimo, crónica do xarife Mulei Maahamet e d'el-rei D. Sebastião, Odivelas, Europress, 1989
CRUZ, fr. Bernardo da, Chrónica d'el-rey D. Sebastião, Lisboa, Scriptorio, 1903
SOARES, Pero Roiz, Memorial, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1953
Bibliografia
SOUSA, Luís Costa e, Alcácer Quibir, 1578: visão ou delírio de um rei?, Lisboa, Tribuna, 2009
O autor anónimo da crónica do xarife Mulei Maahamet e d'el-rei D. Sebastião descreve com detalhe a bandeira: "Era um estandarte de duas pontas de damasco carmesim, guarneciso de prata, com um crucifixo bordado de uma parte e do outro o escudo das armas reais de Portugal"; Pedro Roiz Spares acrescenta uma ínsignia colocada sobre o escudo das quinas, uma "coroa cerrada de imperador".
É interessante notar a semelhança desta bandeira com o estandarte que D. Juán de Áustria fez hastear na galé capitania durante a batalha de Lepanto, as armas espanholas de um lado, e a imagem de Cristo crucificado do outro.
Fontes primárias
Anónimo, crónica do xarife Mulei Maahamet e d'el-rei D. Sebastião, Odivelas, Europress, 1989
CRUZ, fr. Bernardo da, Chrónica d'el-rey D. Sebastião, Lisboa, Scriptorio, 1903
SOARES, Pero Roiz, Memorial, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1953
Bibliografia
SOUSA, Luís Costa e, Alcácer Quibir, 1578: visão ou delírio de um rei?, Lisboa, Tribuna, 2009
Paço da Ribeira
Relata Pedro Roiz soares:
"Aos 14 de Junho da desventurada era de 1578, ao sábado pela manhã saiú el rei D. Sebastião dos seus paços da Ribeira com toda a monarquia deste reino".
Fr. Bernardo da Cruz descreve o vestuário do rei: "mui ricamente vestido de uma telilha entre parda e azul, com muitos troçais de ouro. O alferes-mor D. Luís de Meneses seguia na frente, "com o guião grande (...) enrolado".
O itinerário coincide parcialmente com o da procissão do Corpo de Deus: "saindo el rei do paço se pôs a cavalo (...) subindo pela Padaria acima" até à Sé.
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Fr. Bernardo da Cruz descreve o vestuário do rei: "mui ricamente vestido de uma telilha entre parda e azul, com muitos troçais de ouro. O alferes-mor D. Luís de Meneses seguia na frente, "com o guião grande (...) enrolado".
O itinerário coincide parcialmente com o da procissão do Corpo de Deus: "saindo el rei do paço se pôs a cavalo (...) subindo pela Padaria acima" até à Sé.