A série de tapeçarias sobre o final do segundo à cidade de Diu em 1546, e campanhas militares que se seguiram; consiste num conjunto de 10 panos:
Um pano sobre o “Descerco da fortaleza de Diu”, 4 panos sobre a “Entrada triunfal de D. João de Castro na cidade de Goa em 22 de Abril de 1547, um pano com a campanha contra as “terras de Bardez e Salsete, um pano sobre o ataque e “Incêndio do castelo de Pondá”, dois panos com a “primeira campanha de Salsete”, e um último pano com o “Regresso a Diu após a campanha vitoriosa contra o Idalcão”.
Constituem a fonte mais completa sobre a arte militar portuguesa em meados do século XVI, contudo deve-se tomar em atenção que se trata de um trabalho executado em Bruxelas, e portanto tendencialmente representativo da realidade militar local.
Ainda assim, podemos identificar alguns detalhes especificamente ligados à realidade portuguesa de meados do século. Desde logo, as representações heráldicas de D. João de Castro; as bandeiras dos “esquadrões” de infantaria, que ostentam as “aspas” com que os estandartes portugueses eram identificados (para além da heráldica dos respectivos comandantes, perfeitamente visíveis em fundo); os “criados” que acompanhavam os soldados portugueses em batalha; a protecção corporal aligeirada – “couras”, e “couras de lâminas” - com que muitos dos soldados são representados, típica dos soldados portugueses no Oriente; os rodados mais compactos da “carriagem”, quando comparados com outras representações destes veículos em contexto europeu; as “danças de espadas”, que se encontram descritas em algumas fontes portuguesas.